IPEA: expectativa de vida no Brasil próxima dos 76 anos, mas permanecem desigualdades

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Integrantes do Coral do Programa UniverSIDADE, da Unicamp, na 8ª Conferência Municipal da Pessoa Idosa de Campinas, no final de março (Foto Adriano Rosa)

Em 2017 a esperança de vida ao nascer no Brasil chegou a 75,99 anos, representando um incremento de 1,47 ano desde 2012, quando era de 74,52  anos. A informação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e consta do Radar IDHM, estudo divulgado no último dia 16 de abril e que detalha o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) no Brasil, nas Unidades da Federação e em Regiões Metropolitanas. O estudo mostrou que permanecem desigualdades em termos da esperança de vida ao nascer, entre sexos, raças e unidades da Federação.

O IDHM é composto por indicadores nas dimensões Longevidade, Renda e Educação. Foi justamente pela dimensão Longevidade que o Brasil alcançou leve melhoria no IDHM de 2016 para 2017: de 0,776 para 0,778. O IDHM é melhor quando se aproxima de 1.

Entre 2016 e 2017, em função do aumento da esperança de vida, de 75,72 anos para 75,99 anos, o IDHM Longevidade avançou de 0,845 para 0,850. O IDHM Educação, por sua vez, avançou de 0,739 para 0,742, enquanto o IDHM Renda teve queda, de 0,748 para 0,747.

Desigualdades de sexo e raça – O Radar IDHM, fruto de trabalho conjunto entre IPEA, Fundação João Pinheiro e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), parceiros no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, confirmou as desigualdades em esperança de vida ao nascer no Brasil, considerando sexo e raça.

A esperança de vida entre as mulheres avançou de 78,22 anos para 79,56 anos entre 2012 e 2017. Já entre os homens, evoluiu de 70,91 anos para 72,46 anos no mesmo período.

Ainda segundo o Radar IDHM, a esperança de vida na população branca aumentou de 75,44 anos em 2012 para 76,62 anos em 2017. Entre a população negra, a evolução foi de 72,43 anos em 2012 para 73,69 anos em 2017.

Desigualdades regionais – As desigualdades regionais também persistem, de acordo com o estudo do IPEA, Fundação João Pinheiro e Pnud, que tem como base os dados da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Radar IDHM constatou que o IDHM Longevidade foi a única dimensão que apresentou tendência de crescimento em todas as 27 Unidades da Federação. Dezenove destas encontravam-se na faixa de muito alto desenvolvimento humano e as demais UFs na faixa de alto desenvolvimento humano.

Em 2017, a diferença entre a Unidade da Federação brasileira com a maior esperança de vida (Distrito Federal) e a de menor esperança de vida (Maranhão) totalizava 7,52 anos. Todas as oito UFs que apresentaram os menores valores e estavam agrupadas na faixa de alto desenvolvimento humano estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Por sua vez, na faixa de muito alto desenvolvimento humano, estão todos os estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste.

Os estados do Maranhão (0,764), Piauí (0,771) e Rondônia (0,776) apresentaram os menores valores para a esperança de vida ao nascer em 2017: 70,85 anos, 71,23 anos e 71,53 anos, respectivamente. Por outro lado, os maiores valores em IDHM Longevidade foram Distrito Federal (0,890), Minas Gerais (0,875), Santa Catarina (0,866) e Rio de Janeiro (0,858), que apresentaram esperança de vida ao nascer de 78,37 anos, 77,49 anos, 76,97 anos e 76,48 anos, respectivamente.

 

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