Alguns dos homenageados na foto em grupo (Fotos José Pedro Soares Martins)

O tributo à ciência do café no templo da pesquisa em Campinas

Por José Pedro Soares Martins

Quase todas as xícaras de café degustadas diariamente no Brasil trazem junto com seu sabor o legado do mestre dos mestres, Alcides Carvalho. Outro, Coaracy Moraes Franco, nascido em fazenda de café como Alcides, utilizou sua inteligência e criatividade para, durante a escassez no período da Segunda Guerra Mundial, construir com as próprias mãos e o talento de soprar vidros os equipamentos de que necessitava para prosseguir suas pesquisas. Nascida no Japão e no Brasil desde os 10 anos de idade, Masako Toma Braghini se encantou com a ciência agrícola e deu relevante contribuição no desenvolvimento de cultivares como o IAC Catuaí SHR, resistente à temida ferrugem e tolerante à seca, outra ameaça que ronda os cafezais. Também com importantes estudos sobre a ferrugem, Sara Maria Chalfoun se destaca igualmente, em sua trajetória profissional, por ser uma firme defensora da equidade de gênero no universo do café, tendo representado o Brasil na Aliança Internacional das Mulheres do Café.

Estes são alguns dos pesquisadores e pesquisadoras que fazem a ciência do café no Brasil homenageados pela empresa DATERRA COFFEE na última quarta-feira, 13 de novembro de 2024. Todos, exemplos de longevidade na vida e na ciência. E o tributo a esses profissionais não poderia ter ocorrido em outro lugar: o Instituto Agronômico de Campinas, o templo da pesquisa do café no país. A instituição criada ainda no regime imperial, em 1887, por influência dos fazendeiros do café da região e que depois, no período republicano, se consolidaria como referência internacional na cultura que é um dos principais ícones brasileiros.

Se o Brasil é, hoje e há muito tempo, o maior produtor e exportador de café do mundo, essa conquista inestimável se deve em grande parte à ciência do café e, mais especificamente, aos pesquisadores e pesquisadoras do café. Foi este o sentido do reconhecimento da DATERRA, a 16 profissionais que dedicaram e muitos deles ainda dedicam a vida a estudar, experimentar, ensaiar a cultura cafeeira. Através desse grupo, o tributo a muitos outros estudiosos, em um momento em que não só os cafezais, mas todas as culturas agrícolas sofrem ameaças derivadas das mudanças climáticas, cada vez mais intensas e que cada vez mais geram incertezas e desafios, o que demanda inovações e pesquisa, muita pesquisa.

“Lutar pela ciência, a pesquisa. Só existe futuro, para nós, nossos filhos e netos, com esse capital permanente”, afirmou na solenidade, no anfiteatro do IAC, o presidente da DATERRA, Luis Norberto Pascoal. “O IAC é intocável”, completou Pascoal, que atribui parcela significativa do processo que levou à criação da DATERRA à amizade com um dos cientistas homenageados, Coaracy Moraes Franco. “Ele morava em frente de casa e, menino, aprendi muito com ele, com quem vim várias vezes aqui no IAC”, contou o empresário. Não por acaso, o Laboratório de Qualidade da DATERRA leva o nome de Coaracy, representado por familiares no evento no anfiteatro da sede histórica do IAC, na avenida Barão de Itapura.

Antes da homenagem, o diretor de Produto e Desenvolvimento de Mercado da DATERRA,  Gabriel Agrelli Moreira, observou que anualmente a empresa faz um leilão de cafés especiais. “Mas não é só um leilão, é uma plataforma para divulgação de riquezas do Brasil que poucos conhecem”, comentou.

Moreira notou que a safra de 2023/2024 foi especialmente desafiadora, pelos eventos climáticos extremos que afetaram fortemente o cultivo. “Mas se foram vencidos muitos obstáculos, se a qualidade e a quantidade da produção do café foram mantidos, isso se deve à ciência, ao trabalho dos pesquisadores. Então o tema do leilão de cafés especiais em 2024 não poderia ser outro, a ciência, a pesquisa, com homenagem aos profissionais”, acrescentou.  “Achei maravilhosa a ideia e apoiei imediatamente”, completou o presidente Luis Norberto Pascoal.

Alcides Carvalho: nome que simboliza a ciência do café, muito citado no evento no IAC

Foi deflagrado então o processo de identificação dos homenageados e homenageadas. Foi perguntado a inúmeros pesquisadores sobre quem, na sua opinião, deveria receber uma homenagem. Depois da pesquisa, chegou-se a um grupo de 16 pesquisadores e pesquisadoras, embora a DATERRA saliente que são incontáveis os profissionais que também poderiam ser lembrados. No final da publicação sobre a homenagem, distribuída no saguão da sede central do IAC, constam de fato os nomes de mais de 200 profissionais que se destacam pela inestimável contribuição “para o avanço da pesquisa sobre café com paixão e inovação”.

Paixão, uma palavra que sintetiza a trajetória dos 16 homenageados na tarde-noite de 13 de novembro, no evento que contou com a participação entre outros convidados do subsecretário de Agricultura de São Paulo, Orlando Melo de Castro, que como ex-diretor geral do IAC conhece muito bem a casa do café e muitos dos pesquisadores lembrados. A diretora de Sustentabilidade da Daterra, Isabela Pascoal Becker, também participou do evento.

Os pesquisadores e pesquisadoras evidenciados receberam um retrato assinado pelo artista plástico Lucas Paulucci (as imagens também ilustram a publicação com a biografia dos profissionais) e uma amostra do café especial que seria leiloado pela DATERRA.

Cada café especial, derivado de uma variedade (grande parte delas desenvolvida no IAC), leva o nome do pesquisador e apresenta aroma e sabores igualmente especiais. O café Alcides Carvalho, por exemplo, desenvolvido da variedade Ceuci, tem o aroma de uva, floral, morango, framboesa e chiclete e sabor de vinho, uva, ameixa, amora, morango, doce e orquídea.

Valor correspondente ao que seria arrecadado com o leilão de cafés especiais seria direcionado, metade aos pesquisadores homenageados, metade a três bolsas de estudo de jovens pesquisadores. Pelo futuro da pesquisa, que demandará inovações em tempos de grandes desafios.

Com a presença da maioria dos homenageados e familiares, e de representantes dos ausentes, o evento foi marcado pela emoção. Como nas palavras de Sara Maria Chalfoun, que citou a situação dos familiares que estão no Líbano, “vivendo os efeitos de um conflito armado, mas que souberam da minha premiação e ficaram muito felizes”. Muita emoção, igualmente, na participação de Marcelo Bento Paes de Camargo, que foi às lágrimas lembrando do pai. “Queria que ele estivesse aqui, e ele está. Aprendi muito com ele”, afirmou.

Momento especial estava reservado para o final, com a última homenageada, Ivone Botone Baziolli, a Dona Ivone. Aos 92 anos, ela subiu ao palco vestida com uma camisa verde, a cor da esperança, a cor dos cafezais, para receber seus prêmios e uma longa salva de palmas. Um símbolo de gerações e gerações que trabalharam para construir o grande patrimônio cultural, social e econômico do café do Brasil.

Representantes de Alcides Carvalho no evento no IAC
Representantes de Alcides Carvalho no evento no IAC (Fotos José Pedro S.Martins)

Alcides Carvalho – De menino em uma fazenda de café em Piracicaba a um dos maiores nomes da ciência do café no mundo, Alcides Carvalho (1913-1993) formou-se em 1934 na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) de sua cidade e no ano seguinte já estava no Instituto Agronômico de Campinas, do qual foi pesquisador-chefe de 1948 a 1981. Ele e equipe desenvolveram 65 variedades de café, resultando na criação do maior banco de genes do café do mundo. Longevidade na pesquisa e humildade extrema, como ressaltaram todos que o citaram no tributo aos pesquisadores e pesquisadores do café no IAC.

Familiares de Coaracy, no tributo aos pesquisadores
Familiares de Coaracy, no tributo aos pesquisadores

Coaracy Moraes Franco – Nascido em uma fazenda de café, também formou-se na ESALQ, em 1935, e se destacaria em sua longa trajetória no IAC, embora também tenha contribuído com outras instituições, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) no Peru e o Instituto Brasileiro do Café (IBC). Desenvolveu estudos fundamentais em fisiologia vegetal. No Laboratório de Plantas Earhart, no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), onde atuou a convite do cientista holandês Frits Warmolt Went, Coaracy conduziu pesquisas inovadoras sobre os efeitos das geadas nas plantas de café. Suas descobertas foram fundamentais para entender e mitigar os danos causados pelas geadas no cultivo do café.

Representantes de Fazuoli e o retrato do pesquisador
Representantes de Fazuoli e o retrato do pesquisador

Luiz Carlos Fazuoli – Nascido em 1940, formou-se igualmente na ESALQ e atuou por mais de 35 anos no IAC, no estudo e aprimoramento da genética do café. Desenvolveu pesquisas inovadoras sobre a ferrugem do café. Seu trabalho resultou no desenvolvimento de cultivares importantes, como Mundo Novo, Acaiá e os mais recentes Tupi IAC 1669-33 e Obatã IAC 1669-20. Em junho de 2004 um estudo publicado na revista Nature apresentou sua participação na descoberta de um café naturalmente descafeinado. Também tem importante contribuição no aprimoramento do café Robusta, que tem avançado na participação na produção de café no Brasil. 

Sara Chalfoun: emoção ao falar da família no Líbano
Sara Chalfoun: emoção ao falar da família no Líbano

Sara Maria Chalfoun – Formada em uma turma de Agronomia com 71 estudantes e somente duas mulheres, Sara sempre se voltou para defender maior equidade de gênero no universo do café, tendo sido levada a representar o Brasil na Aliança Internacional das Mulheres do Café e a participar da criação do Capítulo da organização no país. Tem importante participação no estudo da epidemiologia da ferrugem do café e das estratégias de controle da doença. Também desenvolveu estudos inovadores sobre microorganismos, levando à descoberta de fungos benéficos, que ajudam a melhorar a qualidade do café. Participou da criação da biofábrica da Universidade Federal de Lavras.

Tumoru Sera desenvolveu 13 cultivares de café
Tumoru Sera desenvolveu 13 cultivares de café

Tumoru Sera – Nascido no Brasil, filho de imigrantes japoneses, se destaca por sua atuação no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Ao longo de mais de 50 anos, trabalhou no desenvolvimento de 13 cultivares, como o IPR 100, primeiro cultivar de café arábica no Brasil resistente ao nematoide Meloidogyne paranaensis. Sempre se destacou também na mentoria, orientando muitos novos pesquisadores. 

Matiello: diversos livros e mais de 3 mil artigos publicados
Matiello: diversos livros e mais de 3 mil artigos publicados

José Braz Matiello – É reconhecido como um dos mais importantes pesquisadores em genética do café no Brasil. Liderou o desenvolvimento de muitas variedades, como Japy, Beija- Flor e Arara, resultante do cruzamento natural entre Obatã e Catuaí Amarelo. Tem igualmente notável contribuição na divulgação científica, com vários livros e mais de 3 mil artigos publicados.

Deon: no ranking dos cientistas mais influentes
Deon: no ranking dos cientistas mais influentes

Marcos Deon Vilela de Resende – Construiu importante trajetória com estudos de pós-doutorado em Matemática Biométrica e Doutorado e Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas, sendo pesquisador da Embrapa Café e atuando em programas de pós-graduação da Universidade Federal de Viçosa. Foi reconhecido como um dos cientistas mais influentes do mundo, em ranking da Elsevier. Tem relevante protagonismo no avanço da ciência do café, com aplicação de métodos genéticos e estatísticos de ponta.

Mako: de  Okinawa à ciência do café em Campinas
Mako: de Okinawa à ciência do café em Campinas

Masako Toma Braghini – Nascida em Okinawa, no Japão, Mako, como é conhecida, chegou em 1961 ao Brasil com a família, radicando-se em Campinas. Tinha somente dez anos. Em 1978 formou-se em Ciências Biológicas na Unicamp e no ano seguinte estava nos quadros do IAC. Trabalhou com foco no combate à ferrugem e no desenvolvimento de cultivares como o IAC Catuaí SH3. É resistente à ferrugem e tolerante à seca. Trabalhou no desenvolvimento de outros cultivares e na conservação de sementes, entre outras relevantes contribuições.

Borém: editor-chefe da Coffee Science
Borém: editor-chefe da Coffee Science

Flávio Meira Borém – Tem uma notável trajetória na área de cafés especiais, sendo o único membro brasileiro do Comitê de Normas Técnicas da Specialty Coffee Association. Tem fundamental contribuição nos estudos sobre a importância dos processos pós-colheita- processamento, secagem e armazenamento- na qualidade do café. Com reconhecimento e atuação internacional, é editor-chefe de Coffee Science, único periódico técnico-científico brasileiro dedicado exclusivamente ao cultivo do café.

Guerreiro: a força da genética do café
Guerreiro: a força da genética do café

Oliveiro Guerreiro Filho – Formado em Agronomia em 1981, tem mestrado na Unicamp e doutorado na Escola Nacional Superior de Agronomia de Montpellier. Atuando no Centro de Café Alcides Carvalho do IAC, tem relevante trabalho na genética do café, desenvolvendo variedades resistentes a pragas. Atuou na identificação de genes resistentes à broca-do-café, entre outras inovações.

Gontijo: inovação, educação e mentoria
Gontijo: inovação, educação e mentoria

Paulo Tácito Gontijo Guimarães – Atua no Laboratório de Solo e Nutrição de Plantas da Epamig-Sul, em Lavras, liderando projetos inovadores no aprimoramento do cultivo do café, como em fertilização, desenvolvimento de mudas e qualidade geral do produto. Professor na Universidade Federal de Lavras, tem forte atuação em educação e mentoria, compartilhando conhecimento com técnicos e produtores rurais.

Hermínia: nutrientes para sabor e aroma do café
Hermínia: nutrientes para sabor e aroma do café

Hermínia Emília Prieto Martinez – Tem uma notável carreira com foco na Nutrição Mineral de Plantas. Suas pesquisas levaram a inovações em como abordar o cultivo, aprimorando aroma, sabor e resistência do grão de café. Seu trabalho com cultivo hidropônico e nutrição de plantas levou e melhorias no rendimento e qualidade do café. Suas pesquisas ampliaram a compreensão sobre como os nutrientes impactam em aroma e sabor. Valiosa contribuição também como editora-chefe e coeditora da Ceres Scientific Magazine

Camargo e Camargo: duas gerações na ciência do café
Camargo e Camargo: duas gerações na ciência do café

Ângelo e Marcelo Paes de Camargo – Pai e filho, ambos com relevante contribuição ao campo da climatologia agrícola. Ângelo formou-se em 1938 e no ano seguinte estava no IAC. Fez doutorado nas Universidades Rutgers e da Califórnia. Desenvolveu estudos e pesquisas relevantes sobre balanço hídrico e impactos da geada, que transformaram o cultivo do café no Brasil. Após se aposentar no IAC, atuou no IBC, colaborando com o filho Marcelo em vários trabalhos científicos. Marcelo seguiu os passos do pai na climatologia do IAC, com contribuição significativa na compreensão dos efeitos climáticos no cultivo do café. Duas gerações unidas pelo amor à ciência do café. 

Thomaziello: pioneiro na  colheita mecanizada
Thomaziello: pioneiro na colheita mecanizada

Roberto Antonio Thomaziello – Com uma carreira notável, tem contribuições em aspectos vitais da produção de café, como gestão, práticas culturais, qualidade, nutrição, processamento pós-colheita e tratamentos fitossanitários. É pioneiro na mecanização da colheita, inovação que repercutiu no aumento da eficiência e na redução de custos. Sua contribuição no beneficiamento do café ajudou produtores a aprimorar qualidade e competitividade em esfera global.

Dona Ivone: uma vida no IAC
Dona Ivone: uma vida no IAC

Dona Ivone Botone Baziolli – Nascida em 1932, em terrenos do IAC, passou a trabalhar com 16 anos no Instituto, onde atuaria por seis décadas e meia. Trabalhando ao lado de Alcides Carvalho e outros pesquisadores, como Carlos Arnaldo Krug,  foi fundamental nas pesquisas que levaram ao desenvolvimento de dezenas de cultivares de café, como Mundo Novo e Catuaí. Com apenas o ensino fundamental, contribuiu com grandes cientistas com sua dedicação e atenção meticulosa na gestão de viveiros e cruzamento de plantas. É personagem igualmente icônica no mundo do café por seu trabalho pela equidade racial no setor. Recentemente uma bolsa de estudos internacional, criada pela Coffee Coalition for Racial Equity, com o propósito de fomentar uma indústria mais diversa e inclusiva, recebeu merecidamente o nome de “Bolsa Dona Ivone”.

A CONTRIBUIÇÃO FUNDAMENTAL DO IAC PARA O CAFÉ

São incontáveis e fundamentais as contribuições do Instituto Agronômico de Campinas para o desenvolvimento da ciência do café, embora também se dedique muito ao estudo e desenvolvimento de outras culturas. A fisiologia do cafeeiro, os aspectos químicos ligados ao seu cultivo, é estudada desde o período de seu primeiro diretor, o químico austríaco Franz Dafert, à frente da Imperial Estação Agronômica, criada em 27 de junho de 1887 e depois transformada em Instituto Agronômico após a vitória do movimento republicano em 1889. República instaurada, aliás, com o forte protagonismo dos cafeicultores de Campinas

O desenvolvimento de cultivares, dezenas deles, acompanha toda a trajetória da instituição. Como resultado dos cultivares pesquisados e lançados pelo Instituto, foi notável o ganho de produtividade dos cafezais, sendo igualmente cruciais para o combate à ferrugem e outras doenças que atacam o café e já provocaram o pânico entre produtores.

Em sua grande parte o trabalho dos pesquisadores do IAC se concentra nos cultivares de café arábica, que responde por mais de 70% da produção do país, mas também são importantes as pesquisas no café robusta, que aumentou a sua participação no mercado, por exemplo no Espírito Santo e em Rondônia.

O IAC tem acompanhado as evoluções científicas e tecnológicas e nas décadas recentes imprimiu pesquisas de ponta em café em áreas como cultura de tecidos, mecanização e biotecnologia. Foi o proponente, por exemplo, em parceria com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café e a Embrapa, do Projeto Genoma – Café, dentro do Programa Agriculture and Enviromment Genomes (AEG) da Fapesp. Foram sequenciados ESTs (Expressed Sequence Tag) em tecidos e órgãos do cafeeiro,  visando identificar problemas como susceptibilidade a pragas e doenças e resistência a seca ou geadas. Esse mapeamento tende a resultar em enormes ganhos para o desenvolvimento do setor cafeeiro no Brasil.        

Sempre buscando ter uma visão de futuro, o Instituto Agronômico de Campinas está atento às urgentes demandas da sustentabilidade, como os impactos das mudanças climáticas na cultura do café. Nesse campo, o IAC, em parceria com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), lançou na sede da Organização Internacional do Café (OIC), em Londres, o livro “Do grão à xícara: como a escolha do consumidor afeta o cafeicultor e o meio ambiente” e o DVD “Café Solidário”. Também foram parceiros o Consumers International (CI) e International Institute for Environment and Development (IIED). A sustentabilidade na produção do café, considerando os eixos econômico, social e ambiental, é portanto uma das vertentes atuais das pesquisas do IAC, o templo da pesquisa do café no Brasil, uma instituição que merece um apoio muito maior do que recebe nos últimos tempos dos órgãos públicos e sociedade em geral.

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