Pesquisa foi coordenada pelo Prof. Dr. Cristiano Monteiro da Silva. Imagem: Departamento de Comunicação da PUC-Campinas.

Estudo aponta crescimento acelerado da população idosa na RMC

29/06/2022 – Um estudo realizado pelo Observatório PUC-Campinas sobre a transição demográfica na Região Metropolitana de Campinas (RMC) mostra um processo acelerado de envelhecimento da população até 2040. O número de pessoas com mais de 60 anos dobrou em duas décadas e pode ser quase a metade da população adulta nos próximos 18 anos. As informações são do Departamento de Comunicação da universidade e foram divulgadas no final desta terça-feira (dia 28) no portal da instituição.

O levantamento mostra dados e projeções por município da região e segundo o Prof. Dr. Cristiano Monteiro da Silva, coordenador da pesquisa, o crescimento já mostrou ser consistente nos últimos 20 anos.

“Pode-se perceber, no primeiro momento, que as cidades da Região Metropolitana de Campinas, tinham a relação em 2000 perto de 10 idosos para cada 100 pessoas. Porém, este número se aproximou de 20 idosos, em 2020. Convém destacar o olhar preditivo para o ano de 2030, ou seja, um momento tão próximo, em que este indicador social aponta algo perto de 30 idosos para cada 100 pessoas adultas”, declarou em texto publicado no portal do Observatório PUC-Campinas.

Diante deste contexto, de acordo com ele, levanta-se a discussão que a RMC, em função dos efeitos da transição demográfica, tão logo, talvez necessitará menos das construções físicas de escolas. Por outro lado, caso o fenômeno se confirme, a região vai precisar muito da capacidade da intensificação tecnológica como forma de inclusão das pessoas ao novo no sistema educacional.

Também será necessário, conforme observa Cristiano Monteiro da Silva, um plano de inovação em serviços públicos, tornando possível a filiação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, além de se alcançar a capacidade da oferta dos direitos em saúde, educação, segurança, lazer, cultura, habitação, entre outros direitos sociais, em conformidade com as necessidades reais dos agrupamentos da população.

“À primeira vista, a Região Metropolitana de Campinas vivencia o que se pode atribuir como uma transição demográfica marcada pela desaceleração das taxas de natalidade e crescimento populacional, condicionada a uma população economicamente ativa que está chegando na faixa etária reconhecida como pessoa idosa, tudo isso combinado com alto nível de urbanização. Certamente, uma situação que obriga novos olhares sobre as demandas da vida social urbana”, disse o professor.

Prof. Dr. Cristiano Monteiro da Silva

A gestão de políticas públicas em uma situação social pautada por taxas de natalidades baixas, combinada com sinais de estrutura etária envelhecida, implica em reprodução social na qual o poder decisório precisa se ater as prioridades em serviços públicos, empregos e nas demandas características da vida social urbana.

A redução da taxa de natalidade também está acelerada na região. A RMC contava com algo perto de 35 jovens para cada 100 pessoas adultas em 2000, porém, de lá para cá, essa relação caiu para perto de 28 jovens.

Nesse ritmo, o estudo projeta a a superioridade da participação dos Idosos em 2040, a relação entre 41 Idosos para 100 pessoas adultas e, no caso dos Jovens, o declínio que expõe a relação de 22 para 100 adultos. Chega-se ao ponto de vista que se trata de uma transição demográfica que anuncia a estrutura etária da população envelhecida.

O estudo completo pode ser acessado clicando aqui.

Em breve publicaremos entrevista complementar sobre o assunto com o Prof. Dr. Cristiano Monteiro da Silva.

  • Redação do Portal Longevinews com informações do Departamento de Comunicação da PUC-Campinas.

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